quarta-feira, 21 de outubro de 2009
RE-ESCREVER, REINVENTAR
domingo, 11 de outubro de 2009
NOVIDADES NO BLOG
Hoje estou estreando uma novidade. Percebi que seria trabalhoso, repetitivo e correria o risco de ser também infrutífero eu ficar contando detalhes de cada história no meio dos textos. Confiando na memória do leitor, eu poderia também não dar todas as informações necessárias. Então criei uma área específica para as fichas técnicas das histórias, um lugar que estou chamando de “Blog de apoio”, onde coloquei informações básicas sobre cada história: data de criação e publicação, número de páginas, ambientação (época e local), nome das personagens principais e uma pequena sinopse. Se é uma história sobrevivente, há também um link para um trecho do livro.
Então agora, em vez de dar informações no meio do texto, o título ou o nome da personagem vai remeter à ficha técnica daquela história. Os textos já publicados também foram revisados, de forma que agora estão mais enxutos, mais orientados para o tema proposto, e as informações específicas de cada história podem ser acessadas a qualquer momento, pelos vínculos que há nos textos, que aparecem em letra verde. Se já quiser conhecer essa área reservada, clique aqui, ou espere para clicar nos vínculos dos textos quando aparecerem.
APELIDOS
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
POR QUE TANTOS ROMANCES HISTÓRICOS?
Pode ser afinidade com o ideal romântico de fuga da realidade. Um colega que leu O maior de todos afirmou que não se trata de romance histórico, mas apenas uma história ambientada no passado. Concordo com ele. Minhas histórias tratam da natureza humana, e dos conflitos entre o indivíduo e o meio em que ele vive. Na grande maioria dos casos, poderiam ser situadas em qualquer tempo e em qualquer lugar – com ajustes na caracterização das personagens, é claro – e eu escolho onde vou colocá-las, conforme o que eu entendo como necessidade da trama e conforme meus gostos pessoais.
Se Nicolaas (O canhoto) não fosse à Terceira Cruzada, podia ir à Primeira ou à Sétima, ou à Segunda Guerra Mundial, que faria pouca diferença. A história não é sobre a Cruzada, mas sobre a busca individual dele por si mesmo.
Talvez o que eu tenho de mais próximo de um romance histórico seja Construir a terra, conquistar a vida, em que a formação da cidade do Rio de Janeiro, com seus lugares e personagens, é parte importante da história e aparece com destaque, influenciando a vida das personagens fictícias. Mas mesmo essa história poderia acontecer em outro ambiente sem perda de características fundamentais.
A forma romance também poderia ser contestada. É verdade que comecei a escrever tentando me filiar a José de Alencar, autor de vários romances favoritos, mas, como nunca me importei em analisar a forma dos romances que li, também faço os meus sem essa reflexão. O leitor mais atento deste blog já deve ter percebido que me refiro a meus romances pelo termo história, que, a meu ver, abrange todas as formas de ficção narrativa. Uso história (com HI), em vez de estória (com ES) pois história é mais abrangente, e engloba tanto a História real como as estórias fictícias. Então eu tenho histórias muito curtas, que agrupei com as poesias, por considerá-las “poesia em prosa”; histórias curtas, que eu considero contos; histórias longas e muito longas, que eu chamo de romances.
MAIS ORGANIZAÇÃO
Além da grande planilha índice e das duas tabelas quantitativas, explicadas aqui em 11/9/2009, eu também produzo listagens que me ajudam a ter as informações organizadas.
1) “Ordem em que terminaram de ser escritas”, com o título da história, número de páginas, número de capítulos, data final.
2) “Número de páginas por dia”, em que calculo, pelo número de páginas e pelos dias que levei para escrever, qual o número médio de páginas escritas por dia. Registra as informações de título da história, data final, data inicial, número de páginas, número de dias, média por dia. A maioria tem a média de 0,6 páginas por dia, mas as médias oscilam entre 11 e 0,3 páginas por dia. Essa média não significa que eu escrevo 0,6 páginas por dia e paro. Significa que, em alguns dias, eu escrevo três linhas; em outros, 10 páginas, e passo alguns dias sem tempo de escrever nada. Se eu pudesse dedicar uma ou duas horas do meu dia para escrever, minhas médias seriam muito mais altas. Mas, infelizmente, ainda não cheguei ao ponto de viver de literatura, então tenho que me contentar em escrever dentro do metrô, dentro do ônibus, na fila do banco, esperando o elevador, e eventualmente depois que minha filha dorme.
Há ainda uma “tabela curta”, em que constam apenas os sobreviventes, com as informações: título da história, gênero, cor, nome do arquivo com o texto, número de capítulos, número de páginas após digitação, número de páginas do livro publicado, ano de criação, época ou local em que se passa, tipo de romance (curto, longo, muito longo, Cavalaria), e se está registrado nos Direitos Autorais.
Tenho também um arquivo com “análise literária” das histórias sobreviventes (algumas foram descartadas depois), um arquivo de texto com o “motivo que me levou a escolher alguns nomes”, e agora quero também registrar o “motivo de escolha de algumas ambientações”, pois, assim como os nomes, as escolhas das épocas e locais têm motivos sólidos, que eu não quero esquecer (embora já tenha esquecido alguns).
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Um pouco sobre mim
- Mônica Cadorin
- Mestre em História e Crítica da Arte pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Dedica-se à literatura desde 1985, escrevendo principalmente romances. É Membro Correspondente da Academia Brasileira de Poesia - Casa Raul de Leoni desde 1998 e Membro Titular da Academia de Letras de Vassouras desde 1999. Publicou oito romances, além de contos e poesias em antologias. Desde junho de 2009 publica em seu blog textos sobre seu processo de criação e escrita, e curiosidades sobre suas histórias. Em 2015, uniu-se a mais 10 escritores e juntos formaram o canal Apologia das Letras, no Youtube, para falar de assuntos relacionados à literatura.