Para não dizer que não tenho nenhuma personagem animal, tenho duas: Euryanthe e Juba.
Euryanthe é uma cachorra da raça Husky Siberiano companheira de Ilya, no romance O processo de Ser. Ela fica no limite entre um animal muito inteligente e uma pessoa no corpo de um animal. Acho que não sei compor personalidades animais... Com isso, ela não é apenas o cachorro de estimação de Ilya, mas se torna mesmo uma companheira inseparável – e, neste caso especial, a única companheira possível, na vida e na morte. Ela é personagem componente da história, figura na lista de personagens da minha planilha e, sem ela, a história tomaria outros rumos ou nem seria possível. Ela funciona como uma espécie de consciência de Ilya, um elo de ligação entre o mundo interior de Ilya e a vida lá fora.
Juba é um mico-leão-dourado, amigo de Fernão, no romance Construir a terra, conquistar a vida. Diferente de Euryanthe, Juba é um elemento dispensável na história. Sua personalidade é ser um animal silvestre e a presença dele não provoca nenhuma alteração da trama. Na verdade, houve um momento em que eu simplesmente esqueci que o tinha incluído na história, então achei melhor contar que ele tinha ido embora. Eu o inventei porque achei que seria legal alguém ter um animal de estimação e eu gosto muito dessa nossa espécie ameaçada de extinção. A acolhida e adoção do mico por Fernão pode ser encarada como um desejo meu de preservação dessa espécie.
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