Finalmente
cheguei a um título para a história que eu vinha chamando de Fábrica.
Será: Não é cor-de-rosa. Levei uns bons anos e um bocado de massa
cinzenta para chegar a essa conclusão (acabei de escrevê-la em 2006). Todo esse
tempo, a questão da necessidade de um título ficou trabalhando na minha mente
em segundo plano – é como eu chamo quando fico pensando sem prestar atenção
conscientemente. Embora outras soluções tenham surgido nesse meio tempo,
nenhuma me agradou. Mesmo esse título escolhido já está andando pela minha
cabeça faz algum tempo mas só agora resolvi oficializar a decisão. Aos poucos,
vou mudando o termo nos textos em que ele já apareceu.
Aparentemente, Fábrica e Não é cor-de-rosa podem não ter muita relação entre si e, se Fábrica se relaciona ao texto desde a primeira cena – operários saindo da fábrica após
o dia de trabalho – Não é cor-de-rosa se relaciona ao primeiro encontro entre Alex
e Caty, quando ele diz que a vida real não é como ela pensa ser. Depois, essa
questão da cor vai acompanhando o desenrolar da história, para concluir que, se
não é cor-de-rosa, então...