Este ano, estou envolvida com muita coisa ao mesmo tempo, e está difícil dar conta de tudo. Além do meu trabalho com o Patrimônio Nacional, meu ganha-pão, e da minha vida pessoal, em que me desdobro em atender a todos os meus papéis sociais dentro da família, tenho que cuidar da minha carreira literária. Estou inscrita em algumas comunidades e participo delas sempre que posso. Tenho também uma lista de blogs de amigos e de pessoas que conheci pela Internet e que eu gosto de acompanhar, além das redes sociais do Orkut, Facebook e Twitter. É tanta coisa que acabo tendo que reduzir minha participação. Este mês de outubro, estou revendo todas essas minhas inserções na Internet e reduzindo ao essencial, para que eu possa ser mais ativa em menos coisas. Não adianta apenas estar inscrita, é preciso usar e tirar bom proveito.
Estou também, desde maio, cuidando da publicação do meu sétimo romance – Primeiro a honra: finalizando o texto, cuidando dos registros, contato com editora, análise de custos, etc. Vamos ver se consigo lançar mês que vem (estou dizendo isso desde junho).
E Nicolaas, que saiu da pasta em abril e eu ainda estou digitando, devagar, quando tenho tempo. Já consegui passar da página 100, mas são ao todo 376 páginas, então tenho ainda muito o que digitar. Quando eu acabar, provavelmente será hora de começar a digitar À procura e O Além.
Tenho dois livros em ponto de fazer as pesquisas prévias e começar a escrever. Um é a história de Didier (ainda sem título), que vou fazer a quatro mãos com uma amiga. Estou esperando ela me passar as informações sobre as personagens e a estrutura da trama para estudar o contexto histórico e começar a escrever. Outro é Rosinha (também sem título), que já foi citada aqui. Falta-me pesquisar o contexto histórico para situar minha história dentro dele. Mas eu sei que, se eu começar a escrever, todo o resto se tornará secundário, então é algo que não posso fazer agora. A prioridade é a publicação, para que a fila ande – terminei de escrever Construir a terra, conquistar a vida em 2002, e ainda não chegou a vez dela. Então, dada a escassez de tempo, tenho que adiar a minha escrita. Enquanto isso, vou repetindo as cenas-chave à exaustão, testando possibilidades diferentes, marcando gestos e falas que devem ser mantidos.
É engraçado pensar que não tenho tempo para o que deveria ser minha atividade principal. Mas, dada a importância da literatura no país, e minhas circunstâncias financeiras pessoais, não tenho condições de terceirizar os serviços, então tenho que eu mesma revisar meus textos, diagramar, registrar, imprimir, divulgar, distribuir – coisas que, se eu fosse famosa, teria uma editora inteira para fazer para mim. Um parêntesis: perceberam que não inclui a digitação entre esses serviços que podem ser terceirizados? É que essa tarefa eu faço questão de fazer, como espaço para uma reescrita possível.
Então, enquanto eu não esquematizar (e cumprir) minhas participações na Internet, enquanto a publicação de Primeiro a honra não sair e eu não acabar de digitar Nicolaas, não posso nem pensar em voltar a escrever. Bem, pelo menos a parte da criação eu estou exercitando...
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