Depois de passar quase um ano digitando O Canhoto, finalmente terminei. Fiz apenas ajustes mínimos que nem vale a pena mencionar. A história, que eu terminei de escrever em maio de 2009, continua me agradando, e eu continuo achando-a boa literariamente.
Então chegou a hora de rever À procura, que terminei de escrever em novembro de 2009. Para minha tristeza, a história não me emocionou, não me satisfez. Fiquei com uma sensação de “mas é isso?” e “o que vou fazer com isso?”. Depois de tanta pesquisa, de tanta elaboração geológica e psicológica, a história não deu certo. Costumo ser bastante rigorosa e insensível para descartar o que não me agrada mas desta vez deu pena. Por outro lado, ela já estava descartada antes. Reescrever foi apenas uma tentativa de fazê-la voltar à vida em outro “corpo”. Mas a impressão que me ficou foi de que a história que eu tenho para contar em À procura não vale a pena ser contada. E fiquei pensando: já descartei histórias melhores, que me deram trabalho e pelas quais eu tenho carinho. Não vai ser À procura que vai me fazer burlar minha regra ou rever meu critério. Por outro lado, ela está bem construída e bem escrita, as personagens são consistentes e verossímeis. Na verdade, não sei o que fazer com ela. Cada vez que leio tenho uma impressão diferente, e eu queria duas impressões consecutivas iguais para poder decidir. O tempo dirá.
A próxima história a retomar é O Além. Já reli e percebi que preciso intensificar algumas sensações para torná-las mais vívidas e trazer o leitor mais para dentro, fazê-lo andar comigo, ver o que eu vi e sentir o que eu senti. É muito difícil para mim escrever em primeira pessoa: a restrição de ponto de vista acaba restringindo a minha narração. Mas os problemas de O Além são possíveis de solucionar, com um pouco mais de imersão e esforço descritivo. Vou fazer os ajustes necessários e depois digitá-la.
Na outra ponta do trabalho, estou preparando o lançamento de Primeiro a honra, e finalizando a produção editorial de A noiva trocada. Quando tiver datas e horários, avisarei aqui. Depois virá Construir a terra, conquistar a vida, com suas 800 páginas divididas em três tomos. É um projeto ambicioso, e estou pensando seriamente em pedir patrocínio. Se alguém que paga imposto de renda quiser contribuir com minha causa, apresente-se!
Bem, isto é o que tenho feito este ano, e o que pretendo fazer nos próximos meses. 2011 será um ano cheio de acontecimentos!
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