Essa foi minha reação quando me lembrei de que hoje é dia de publicar aqui no blog. Logo pensei "tenho algum texto pronto ou começado?" A resposta naturalmente foi "não". O sentimento seguinte foi de busca: sobre o que posso falar? Que temas eu gostaria de trabalhar? Não encontrei outra resposta que não fosse a história de Rodrigo. Estou, como sempre, fascinada pelas personagens, pelo desenrolar da trama. Essa história tem um diferencial a mais, pois, diferente dos últimos romances que escrevi, ambientados em locais distantes e épocas passadas, a história de Rodrigo se passa nos nossos dias, e no meu bairro. A escola em que eles estudam fica próxima à escola da minha filha; eu passo todos os dias por ruas por onde eles andam. Sei exatamente em que altura das ruas eles moram, em que prédios. Eles pegam os mesmos ônibus que eu; os pontos de referência deles são os mesmos que os meus. São personagens muito próximas de mim, inclusive territorialmente. Isso talvez esteja me causando um fascínio extra em relação a elas. A história também é singela, apaixonada, e eu acabo me envolvendo mais especialmente com as personagens. Também estou gostando muito de tratar da adolescência, do ambiente escolar, essa miniatura do mundo social onde podemos encontrar amizade de verdade, companheirismo, lealdade, mas também preconceito, segregação, incompreensão. E Rodrigo e Ângela estão soltos nesse mundo, enfrentando desafios pessoais e sociais, superando seus limites o tempo todo, e até lutando contra o mundo para viverem seu amor.
Antes de começar a escrever hoje, eu estava na página 95. Como julho e agosto têm 31 dias cada, faz 62 dias que comecei a escrever, o que me deixa com uma média de 1,5 páginas escritas por dia. Não que eu esteja escrevendo uma página e meia todo dia. Não. Em alguns dias, não consigo escrever nada; em outros, escrevo até quatro páginas. Essa média me deixa muito satisfeita, pois indica que não vou levar anos escrevendo esse primeiro livro. Já estou chegando à página 100 e ainda estou nos eventos do mês de abril (a história vai até novembro). Acredito que deve chegar a quase 400 páginas e, nesse ritmo, vou levar somente pouco mais de seis meses para terminar. Essa é uma previsão muito boa.
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