Minhas histórias em geral terminam com final feliz... não exatamente. Não acredito no “foram felizes para sempre” dos contos de fadas. Quando muito, meus finais apontam para uma felicidade possível, lá no futuro, e, mesmo assim, não necessariamente duradoura. Há casos também de conflitos resolvidos, quando a personagem acredita que alcançou a felicidade, mas não se dá conta de que perdeu algo importante para chegar a essa felicidade, ou de que terá que pagar por ela. Então, mesmo quando eu escrevo que foram felizes para sempre, resta uma dúvida se foram de fato felizes, e o tempo de duração desse para sempre.
Mais óbvios são os finais não-felizes, marcados por algum drama ou tragédia. Nem sempre me compete contar toda a vida das personagens, mas apenas um conflito capital de suas vidas. Resolvido o conflito, a história acaba, esteja a personagem feliz ou não com isso. Há casos também em que o conflito só termina com a morte da personagem. Isso, entretanto, não é necessariamente infeliz, pois a morte é o fim de todos os que estão vivos, sejam personagens ou pessoas reais, e é a solução inelutável de todos os conflitos da vida. Então não me julguem insensível ou má se uma personagem morrer: eu estou apenas recriando a vida em todas as suas etapas.
E há também os finais enigmáticos, nem aparentemente felizes, nem infelizes, em que cabe ao leitor decidir o que prefere.
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