Essa foi uma pergunta lançada no grupo “Escritores ajudando
outros escritores”, do Facebook. É realmente uma boa reflexão a ser feita. Em
geral, sabemos facilmente responder o que
fazemos, em quanto tempo e como fazemos. Mas a motivação primordial
é algo em que nem sempre se para pensar. Pelo menos esse é o meu caso. Nunca me
preocupei em tentar verbalizar porque escrevo as coisas que escrevo. Mas,
atendendo ao desfio do colega, parei para considerar essa questão.
Achei que ia passar dias quebrando a cabeça
tentando encontrar uma resposta mas ela começou a vir em algumas horas (uma
noite de sono). Então posso já dizer alguns dos motivos que me levam a escrever
o que eu escrevo:
1)
é o que eu
gosto de escrever – sim, prazer acima de qualquer coisa. Não teria sentido para
mim escrever alguma coisa que não me desse satisfação emocional e psicológica –
e até racional.
2)
é o que me vem
à cabeça – considerando que meu processo de criação é majoritariamente
inconsciente, é prudente obedecer a ele e dar prosseguimento ao que ele
determina, em vez de querer criar conscientemente. Nunca consegui escrever uma
história por encomenda ou por motivação externa.
3)
é o que eu sei
fazer – para que vou ficar lutando com gêneros e estilos que não comino? É
muito mais fácil para mim continuar o que já venho fazendo há anos – sempre aprimorando,
é claro, porque não dá para ficar repetindo “mais do mesmo”.
Esses são os principais motivos pelos quais eu
escrevo o que escrevo. Motivos concretos, sem mitificações.
Eu escrevo para ter companhia.
ResponderExcluirabraço grande
Legal, Paulo. É um bom motivo também. A literatura é uma ótima companhia sempre.
ExcluirAbraço