Neste ano de 2014, continuo envolvida com Construir a terra, conquistar a vida e De mãos dadas. São minhas maiores
histórias, e parei para pensar se elas têm em comum algo mais do que o número
de páginas.
Sim, alguns elementos estão presentes nas duas histórias:
1)
são
ambientadas no Brasil. Acho que gosto de falar da história do meu país.
2)
São romances
históricos (conferir a definição que utilizei aqui), o que
significa que os fatos históricos fazem parte da história das personagens, e
interferem nos rumos do que estou escrevendo.
3)
As personagens
vivem em cidades que hoje são importantes e capitais de seus estados – Duarte no
Rio de Janeiro e Toni em São Paulo.
4)
São histórias
de longa duração – Construir a terra, conquistar a vida leva 25 anos e De mãos dadas, 15 anos.
5)
Duarte e Toni
são pessoas simples, do povo, interessados em trabalhar e ganhar seu sustento
6)
Duarte e Toni
não se envolvem em questões políticas, mas são envolvidos pelos eventos históricos
de suas cidades, e participam deles de alguma forma (Duarte mais ativamente do
que Toni, que é levado)
É claro que nada disso explica o grande número de páginas
de ambas, pois O canhoto também é um romance histórico de longa duração (sete
anos), com um protagonista do povo envolvido meio contra-vontade nos fatos históricos
de sua época. Mas também não estou procurando justificativa para nada. E o
motivo de tantas páginas é muito simples: algumas histórias são maiores do que
outras mesmo, e não há nada de mais nem em ser grande nem em ser pequena.
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