Segurei a vontade o quanto pude; contive
a abstinência até onde fui capaz. Mas agora chega. Esse desejo é mais forte do
que eu e eu vou ceder e me entregar a ele: hoje começo a escrever a história de Rodrigo (ainda sem título). Já elaborei tudo o que podia, já desenvolvi
personagens, trama, cenas, falas, tudo o que era necessário. Para fazer a
história se desenvolver mais, a partir de agora, só escrevendo. Então vou
escrever.
Começo, como sempre, do começo, embora
tenha visto em algum lugar que começar do começo é uma situação clichê. Não faz
mal. Preciso desse tempo para apresentar as personagens, o cenário, a situação
em seu momento de calma. Não é o tipo de história que dá pra começar já
apresentando o conflito. Então começo do começo, com Rodrigo acordando e indo
para a escola nova, no primeiro dia de aula, em fevereiro. Ângela só aparece
depois do Carnaval – que eu ainda tenho que descobrir quando foi, naquele ano.
Ah, pois é, acabou virando romance
histórico. Quando eu a inventei, era para acontecer no ano em que eu
escrevesse. Mas depois que criei as duas sequências à história, acontecendo
anos e anos depois, eu só tinha duas alternativas: fazer o livro 1 no presente
e jogar o livro 3 para o futuro; ou fazer o livro 3 no presente e jogar o livro
1 para o passado. Escolhi a segunda opção. Então Rodrigo é adolescente mais ou
menos em 2007 (preciso conferir essas contas), no primeiro livro. O segundo
livro se passa em 2013 e o terceiro, em 2017, quando estarei justamente
escrevendo-o.
Não será difícil recriar o ano de 2007.
Nossa cultura não mudou tanto assim que eu precise de muita pesquisa para
contextualização. O cuidado maior será quanto às questões de tecnologia, que me
parece ser a área em que estão as maiores diferenças.
Estou muito feliz com a perspectiva de
trazer Rodrigo e Ângela à vida, de fato, escritos em papel. Depois eu conto pra
vocês como está ficando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.